11 de mai. de 2011

Resumo: Smith e Ricardo


Neste resumo você encontrara as princípais ideias atinentes a teoria do valor-trabalho, na perspectiva de Smith e Ricardo, assim como as similitudes e as divergências entre os dois. Confira!



http://www.wikilearning.com/imagescc/9536/caricatura.jpg
 
ADAM SMITH


O autor positivista, Adam Smith (1723-1790) foi um filosofo escocês, que sofreu influencia do iluminismo (mais precisamente do racionalismo) e por isso considerava o capitalismo como a representação do mais alto grau de desenvolvimento econômico.
Em seus estudos sobre o comportamento humano, Smith defendeu que embora os indivíduos pudessem agir de maneira egoísta (e neste caso ele tratava de um egoísmo econômico, no qual o indivíduo sempre se preocupava consigo mesmo, visando apenas seu proveito próprio ou da classe ao qual pertencessem), eles produziam um bem estar não só para eles mesmos, mas para toda a sociedade. Assim sendo, o bem-estar geral é resultado da interação entre homens egoístas. Isto por que, mesmo agindo por diferentes caminhos, os indivíduos acabam beneficiando uns aos outros, estabelecendo assim um bem-estar geral. Neste sentido, Smith compreendia a economia como uma aérea rígida por leis naturais. Ou seja, existe uma ordem natural que promoveria o progresso e o desenvolvimento econômico, e estas leis organizavam a economia social de maneira espontânea, e por essas leis serem naturais, não deveriam sofrer intervenções (e caso essas intervenções fossem necessárias, deveriam ser feitas no mínimo possível). Disso, resulta o princípio da Mão Invisível, sustentado por Smith, que possui o intuito de justificar suas colocações a respeito destas leis naturais (cuja função era guiar a conduta humana que, aparentemente, provocava conflitos, de modo a haver mais harmonia, ela não era um produto individual, era um fator das leis naturais). Este princípio defende o liberalismo como forma de garantir que as leis naturais atuassem com intuito de resolver conflitos, sem a interferência do governo. Deste modo, o governo deveria deixar o mercado e os indivíduos livres para lidar com seus próprios assuntos. Em linhas gerais, essa mão invisível simplesmente simboliza o verdadeiro orquestrador da harmonia social – o livre mercado.
Outro ponto discutido por Smith foi à teoria do valor-trabalho, que diz respeito ao  reconhecimento de que em todas as sociedades, o processo de produção pode ser reduzido a uma série de esforços humanos. Para ele, o trabalho era o primeiro preço, o dinheiro da compra inicial que era pago por todas as coisas, e o pré-requisito para qualquer mercadoria ter valor era que ela fosse produto do trabalho humano. Disso resulta a idéia de que o aprimoramento da produção é resultado direto da divisão do trabalho (que seria justamente, a redução da atividade de cada pessoa a alguma operação simples, fazendo desta operação o único emprego de sua vida, e isto aumentaria necessariamente a destreza do operário. Logo, os trabalhadores não perderiam tempo passando de uma atividade a outra, sua cabeça estaria voltada unicamente para aquela simples atividade a ele atribuída. Isto levaria conseqüentemente a um aumento da produtividade, fazendo com que se multiplicasse a riqueza gerada para a sociedade como um todo.
Os estudos de Smith levaram-o a uma visão mais ampla, ele concebeu que o trabalho (notadamente o trabalho industrial) e não apenas a agricultura era a fonte fundamental da riqueza. Nestas condições, sua concepção de desenvolvimento, apontava a existência de uma progressão da divisão do trabalho, da agricultura para indústria, e desta para a expansão do comércio exterior. Por fim, essa idéia concebia que havia um padrão de ampliação do mercado que reforça os laços sociais, ao invés de dissolvê-los.
Em suma, Smith foi o fundador do estudo sistemático e organizado da Economia (e por isso, é dado a ele o mérito de ter lançado a economia como ciência) e um dos principais pensadores na história humana. 


DAVID RICARDO


Por outro lado, temos as ideias do economista inglês David Ricardo (1772-1823), que é considerado o mais legítimo sucessor de Adam Smith. Ricardo deu uma enorme contribuição à teoria do valor-trabalho, na qual ele sustentava que o trabalho é o elemento gerador de riqueza. Nesta teoria, Ricardo inicialmente rejeitou a utilidade como medida de valor, distinguindo os bens em duas categorias: os bens não suscetíveis de reprodução (por exemplo: um quadro de um artista famoso) e os bens suscetíveis de reprodução indefinida, isto é, aqueles que podem ser produzidos em larga escala, ocasionados por um custo de produção. Nesta abordagem, Ricardo encontra as mesmas dificuldades enfrentadas por Smith, mas o mesmo, diferentemente deste ultimo, não abandona o estudo desta teoria, mas pelo contrario, elabora o mesmo de forma mais sistemática e aprofundada.
No desenvolvimento dessa idéia, Ricardo, sob influencia de Thomas Robert Malthus (1766-1834) aborda o que ele chama de renda da terra. Para Ricardo, renda da terra é a compensação paga ao seu proprietário pelo uso das forças originais e indestrutíveis da terra. Assim, na colonização de um país bem dotado de terras férteis e ricas, onde apenas uma parte é utilizada para o sustento da população, servindo-se do capital dessa mesma população, disponível para seu cultivo, não haverá renda, pois ninguém paga pelo uso da terra. Mas nos demais casos, onde a renda parte da terra, seu valor é proporcional ao estado da terra, e se uma determinada terra é menos fértil, é necessário mais trabalho, com mais trabalho, o excedente diminui. Esta renda, também é conseqüentemente proporcional a população, pois na medida em que esta segunda cresce, cresce o processo de concorrência, alimentado-se  os custos de produção e como já foi dito, diminuindo-se o excedente. Disso surgiam os conflitos entre capitalistas e proprietários de terra, que se sustentava na divergência referente ao processo da distribuição de produção, no que diz respeito às leis dos cereais, que os encareciam e também elevavam os salários. E foi, exatamente a partir desses preceitos que, Ricardo elaborou a lei de ferro dos salários, segundo a qual (com o passar do tempo e com o crescimento da população) são inúteis todas as tentativas de aumentar o ganho real dos trabalhadores porque os salários permanecerão, forçosamente, próximos ao nível de subsistência. Logo, haveria uma tendência decrescente da taxa de lucro, isto é uma estagnação econômica gerada por esta redução do lucro, motivada pelo aumento populacional.
Quanto a introdução da maquinária, Ricardo inicialmente expôs que isto não promoveria o desemprego, por que enquanto alguns trabalhadores perdiam seu emprego para as máquinas outros (ou os mesmos) se aperfeiçoariam e iram construir máquinas, acarretando assim um equilíbrio. Posteriormente, Ricardo muda seu ponto de vista, afirmando que somente uma parte daqueles trabalhadores que perderam o emprego iria conseguir lugar no mercado de trabalho (esta atitude de Ricardo, de mudar de ponto de vista e assumir o dano que a introdução da maquinaria iria trazer ao trabalhador, é elogiada por Marx). Na seqüência, Ricardo formulou a teoria das vantagens relativas, com que procurou demonstrar a vantagem de um país importar determinados produtos, mesmo que pudesse produzi-los por preço inferior, desde que sua vantagem, em comparação com outros produtos, fosse ainda maior.
Em linhas gerais, Smith e Ricardo tinham em comum, era a preocupação em estudar a teoria do valor-trabalho; eram positivistas, porque partiam das leis naturais; são considerados os principais teóricos do liberalismo econômico; entre outras coisas. As divergências entre os dois eram as seguintes: enquanto Smith enfatizou a produção de renda, Ricardo destacou sua distribuição entre proprietários de terras, trabalhadores e capitalistas; Ricardo foi um seguidor de Malthus (incorporou seu principio da população); E Ricardo apesar de ter encontrado dificuldades nos estudos atinentes ao valor-trabalho, não desistiu como fez Smith.
Dentro desse contexto, existiram outros teóricos que tiveram importância relevante e que merecem ser mencionados. Foram eles: o já citado Malthus, o economista frances Jean-Baptiste Say (1767-1832) e o economista inglês John Stuart Mill (1806-1873). Ambos tinham como objeto de estudo a produção e a distribuição de riqueza das sociedades capitalistas e adotavam o valor-utilidade. O primeiro deles (Malthus) tem seu mérito por ter lançado o princípio da população que foi mais tarde examinado e adotado por Ricardo, sendo que para Malthus o crescimento da renda da terra não era ruim porque os ele alegava que os proprietários não sabiam controlar as rendas terras, já os capitalistas sabiam, enquanto que para Ricardo era, porque isso traria a estagnação econômica. Assim, para Malthus, o crescimento econômico deveria equilibrar os problemas sociais. E, para a pobreza era oriunda do aumento da natalidade. O segundo (Say) defendia o equilíbrio geral, e nisto concordava com Ricardo, já colocado acima, também construiu a norma econômica, denominada de Lei de Say, que estabelece que a oferta agregada da economia é que determina o nível de produção da mesma. E, além disso, tratou do valor-utilidade (que também diverge do pensamento de Ricardo e Smith, pois ambos defendem o valor-trabalho). Por fim, temos Mill, que abordava produção derivada das leis naturais (e nisto também concordava com Smith e Ricardo), discutiu sobre a distribuição respectiva as convenções sociais (colocando que a sociedade pode submeter à distribuição da riqueza às regras que lhe parecerem melhor), e por último propôs reformas ( e não revoluções, apesar de ter sido influenciado pelos postulados socialistas) que para ele deveriam ser feitas através de alterações nas convenções sócias. Para Mill, seria a educação que resolveria a problemática da pobreza e, portanto a redução de filhos.



Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal
            http://www.coladaweb.com/
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14 comentários:

Anônimo disse...

Muito esclarecedor! Parabéns!
[L.Oyarzabal]

Unknown disse...

Muito bom esse texto. Me ajudou bastante em um seminário que eu apresentei.

Unknown disse...

Show!!!

Anônimo disse...

Boa tarde.
Gostei da intenção do texto e da simplicidade que você organiza as ideias, mas a linguagem explicativa está escassa de fidelidade à teoria de Smith e Ricardo.
Achei o trabalho de pesquisa mais aprofundado que a maioria dos blogs que tenho visto, mas fique atenta à troca de palavras da teoria que possam empobrecer o cuidadoso trabalho que você teve ao escrever esse texto.
Por exemplo quando você diz que na Lei de Say a oferta determina a produção. A teoria de Say na verdade afirma que a produção cria sua própria demanda e uma falta de produção afetaria outra demanda.
Apesar disso, percebo que você procurou fontes além da internet e até mesmo conseguiu superar a apresentação de Paulo Singer na obra de Ricardo na minha opinião.
Se meu comentário inicial pareceu negativo me desculpe. Sou extremamente detalhista e meu curso é especifico demais para deixar de reparar em detalhes.

Anônimo disse...

achei bem conclusivo e esclarecedor!

Constâncio António Tsambe disse...

Adorei o seu trabalho.

Unknown disse...

Mandou bem. Obrigado.

Unknown disse...

Obrigado!

Unknown disse...

Parabens excelente texto.

Unknown disse...

Hopa ta de parabens otimo esclarecimento ajudou me .muito na minha defesa

muniz disse...

gostei

WATCH_DOGS UNITED disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
antônio augusto ribeiro brandão disse...

Parabéns! O texto, de forma objetiva, relaciona as principais teorias de Adam Smith e David Ricardo, economistas clássicos que se complementam.

To de olho disse...

Não existe esta fonte http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal
http://www.coladaweb.com/

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