31 de jan. de 2011

Artigo: acumulação do capital e o desemprego


Abaixo você encontra  uma análise sobre a acumulação do capital e o desemprego, trabalhado na cadeira de Economia Política (1° Período). Como eu era muito "fera" quando elaborei esse artigo, você pode encontrar algumas garfes. Então use somente como apoio e não copie por favor.

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"Uma análise sobre a acumulação do capital e o desemprego"

 

RESUMO

Este artigo problematiza o crescente índice de desemprego em escala global, em detrimento da acumulação de capital de uma minoria que através do poder econômico explora o proletariado. Tem-se como objetivo atender a necessidade acadêmica de esclarecer a visão contemporânea  e m relação a esse contexto e indicar soluções momentâneas para o quadro do desemprego crescente na atualidade.
Palavras-chave: Acumulação de capital. Desemprego. Visão contemporânea.

ABSTRACT

This article discusses the growing rate of unemployment on a global scale, at the expense of capital accumulation of a minority that operates through its economic power to the proletariat. It has been targeted to meet the academic need to clarify the contemporary view in relation to this context and indicate solutions to the momentary context of growing unemployment in the news.

KeyWords: Accumulation of capital. Unemployment. Contemporary view.




INTRODUÇÃO

ACUMULAÇÃO DE CAPITAL

A acumulação do capital é um processo histórico que diz respeito a formação da produção capitalista, que retirou os meios de produção das mãos dos produtores e converteu-os gradualmente em trabalhadores assalariados. Este fenômeno foi acompanhado da ruína de grande parte dos produtores diretos, sobretudo agricultores, e da sua transformação em indivíduos despojados dos seus bens, juridicamente livres, mas carentes de meios de subsistência e, consequentemente, forçados a vender a sua força de trabalho. Em outras palavras,  essa acumulação criou as condições necessárias ao nascimento do capitalismo, através da expropriação das terras e dos meios de produção dos camponeses e dos artesãos, transformados num proletariado que dispõe apenas da sua força de trabalho, e através da expansão de uma classe burguesa que concentra nas suas mãos a propriedade dos meios de produção.  Em resumo, a acumulação de capital resulta da transformação de grande parte da mais-valia em capital e do seu emprego para voltar a produzir, em vez de o capitalista o aplicar apenas no seu consumo individual. Na realidade, a mais-valia destinada à produção decompõe-se em meios de produção e em capital variável. É um mecanismo pelo qual o capital aumenta, ou seja, ultrapassa o nível da reprodução simples, ou da sua amortização, e assume a característica duma reprodução alargada. Os fatores que contribuem para aumentar a mais-valia incrementam a acumulação do capital A tendência fundamental deste processo tem como consequência um desenvolvimento das forças produtivas, uma concentração do capital entre um número de proprietários cada vez mais restrito e uma alteração da composição orgânica do capital.
A nível estatal, os instrumentos de política governamental desempenharam um papel importante na formação da acumulação de capital, designadamente através de meios de coação direta. Tiveram grande influência, na reunião de grandes capitais na mão de um número reduzido de indivíduos, os empréstimos estatais, o sistema tributário, a política protecionista e as leis estatais que limitavam os salários dos operários e estabeleciam prolongadas jornadas de trabalho. Entre as influências poderosas que promoviam a acumulação burguesa estavam o crescimento das instituições bancárias. A introdução da máquina revelou-se de uma importância decisiva como fonte de acumulação acelerada de capital por causa dos extraordinários lucros que ajudou a produzir. Este efeito atraiu, para as áreas de produção mais favorecidas, uma grande parte do capital adicional estimulado pelos novos investimentos. As crescentes necessidades financeiras do Estado conduziram à formação da dívida pública que se tornou numa das mais poderosas alavancas da acumulação de capital. A dívida do Estado impulsionou as sociedades por ações, o comércio com títulos negociáveis, a agiotagem ou o jogo da Bolsa. Com as dívidas do Estado surgiu um sistema de crédito internacional que frequentemente esconde uma das fontes da acumulação original. Os lucros fáceis, auferidos com o comércio exterior, o tráfico de escravos e a expansão das comunicações terrestres e marítimas, originaram, numa fase inicial, uma relativa pouca atenção ao crescimento da indústria. O investimento em empreendimentos industriais ocorre numa fase posterior com a expansão dos mercados coloniais. A popularidade crescente das sociedades por ações demonstrava a disponibilidade de fundos para investimento e, bem assim, a vontade de investir nessa forma de acumulação de riqueza.
Hoje, o método de poupança de renda tem sido encarado como uma forma de acumulação, entre outros, tais como: alugueis urbanos aumentados; inflação de lucros devido a mudanças monetárias; abertura de alguns canais comerciais; aquisição de um tipo determinado de propriedade quando se torna excepcionalmente barata e realizá-la mais tarde quando o valor do mercado estiver mais alto.
O DESEMPREGO
Desde o início dos anos 90, a economia brasileira começou a sentir os primeiros impactos da reestruturação produtiva e da gestão neoliberal, que gera o desemprego, a precarização e as acentuadas perdas salariais e de benefícios vitimando milhões de trabalhadores. A atual realidade do mundo moderno sugere mudanças rápidas na sociedade, no que diz respeito ao mercado de trabalho, é fato também que a sociedade não está acompanha o ritmo dessas mudanças, profissões estão desaparecendo e outras estão surgindo, a concentração de renda aumenta e a economia está se globalizando, nesse contexto cada vez mais as empresas estão investindo em características antes vistas como sem importância, a criatividade está sendo o diferencial, pré-requisito para o trabalhador moderno. Diante desse quadro o Brasil precisa de uma melhoria significativa no seu sistema educacional, preparando as novas gerações para a versatilidade do mundo moderno, bem como as políticas contra o desemprego precisam apresentar soluções adequadas à realidade de uma economia que não pode ser mais dividida simplesmente em formal e informal. Uma consequência do despreparo das universidades em produzir profissionais capacitados para o mercado são os novos cursos superiores com períodos menores ou mesmo cursos superiores feitos em finais de semana que apenas oferecem um diploma universitário. Se por um lado faltam empregos para a maioria da população, também faltam profissionais qualificados para as empresas. Conseqüência disso é que uma fatia do mercado está sendo suprida por autodidatas, empresas procuram pessoas de talento e criatividade que podem ser adequadas e treinadas para as novas necessidades de um mercado em constante mutação, marcas de um país que não treina seus cidadãos, que tem uma política voltada para o imediatismo sem se preocupar a sequencia histórica das próximas gerações. O desemprego não é um problema só do Brasil; ele ocorre na Europa e em toda parte do mundo. Excetuando-se os Estados Unidos, onde a questão está minimizada pelo longo período de crescimento da economia durante o governo de Bill Clinton, nas demais partes do mundo o fenômeno é visto com preocupação. Na Europa, o problema é muito grave; no Japão, atualmente observa-se a diminuição do número de vagas no mercado de trabalho; a Coréia do Sul enfrenta a mesma situação. Nos países subdesenvolvidos, a situação não é diferente.
No Brasil, é grande a preocupação dos trabalhadores, dos sindicatos, das autoridades e dos estudiosos de problemas sociais, a despeito de não possuirmos dados precisos sobre o desemprego, isto porque, enquanto o IBGE fala em taxa de 12%, a Fundação Seade/Dieese fala em 18% na região metropolitana da Grande São Paulo. A verdade é que temos, hoje, em qualquer família alguém desempregado. Essa é uma realidade que está muito próxima de cada um de nós. O desemprego causa vários problemas: para o desempregado, para a família e para o Estado. Para o cidadão desempregado e sua família, o desemprego provoca insegurança, a indignidade, aquela sensação de inutilidade para o mundo social.
A tecnologia, que vem desde a revolução industrial na Inglaterra em 1750, traz problemas, e certamente é uma das principais causas do desemprego mundial. Uma máquina substitui o trabalho de 10, 20, 40 ou mais pessoas. Já foi dito que a revolução industrial provocou insatisfação dos trabalhadores, mas pouco desemprego, porquanto, na época, as vagas fechadas numa empresa eram supridas pela abertura de outras empresas. Além disso, houve a redução da jornada de trabalho para 8 horas e a semana de 5 dias. Todavia, hoje, com a globalização, a informatização, as novas tecnologias, nós temos efetivamente um problema de desemprego estrutural. Vejam o exemplo do banco já citado, onde diminuem em menos da metade os postos de trabalho. Tudo é informatizado, as pessoas não precisam do caixa humano, elas vão direto ao caixa eletrônico. Esses funcionários perdem o emprego e não têm outra oportunidade, porque todos os ramos de atividade estão se modernizando, não só os bancos, mas as indústrias estão sendo robotizadas. Estão desaparecendo muitas profissões e atividades profissionais, porque têm o robô fazendo o trabalho de muitas pessoas. Isso realmente gera desemprego e tanto o governo quanto a sociedade têm que contribuir para encontrar uma solução.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Entendemos que o objetivo da produção capitalista é a procura do maior lucro possível e quanto maior for o capital, mais elevados são os lucros, pelo que a acumulação é um dos meios para atingir esse fim. Esta característica cada vez mais acarreta o desemprego em massa, e consequentemente a miséria e a pobreza em níveis globais. Defendemos que a solução, momentânea, seja a requalificação profissional. Os profissionais que perdem seus postos de trabalho devem passar por treinamentos e reciclagens. Só assim poderão encontrar outra atividade e assumir uma nova vaga no concorrido mercado de trabalho moderno. O desempregado não pode ficar esperando nova oportunidade para ocupar a mesma vaga que ocupava antes da demissão, mesmo porque aquela vaga, ou melhor, aquela função pode deixar de existir. Aquele que deseja voltar ao mercado de trabalho deve se reciclar, buscando uma colocação em outra área ou ramo de atividade; para isso, ele deve estar preparado. O governo, através dos Fundos de Amparo ao Trabalhador, tem oferecido recursos para treinamentos e reciclagens aos desempregados. Essa iniciativa ajuda, pois o trabalhador, sem essa reciclagem não vai conseguir uma recolocação no mercado de trabalho, mas não resolve o problema. De modo que a questão do emprego é, hoje, a principal preocupação do movimento sindical, do Estado e, principalmente, da família, a que mais sofre com a falta de trabalho e queda da renda, agravando todos os problemas sociais. Sendo assim, a reforma sindical e trabalhista tem que ter como prioridade a procura de caminhos para impor aos governantes a execução de programas de desenvolvimento que resultem em geração de empregos.


REFERENCIAIS


  • Disponível em: < http://pt.shvoong.com/social-sciences/sociology/173322-desemprego-brasil/>. Acesso em: 02/12/2010.



  • Disponível em: < http://pechincha.com.br/Reforma/Pg021Desemprego.htm>. Acesso em: 02/12/2010. 




Participantes da construção desse artigo: Allis Karla; Cenira Karine; Fabíola Meira; Fabíolla Vilar; Silvana Gomes.
Universidade Federal de Campina Grande, 02 de dezembro de 2010


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